LIBRAS e Comunicação Interpessoal
No dia 23 de outubro estiveram interagindo com a Tutora Merline Cristina Faustino e alunos do curso de Multimeios Didáticos pessoas muito especiais: Profª Neide Aparecida da Silva Sigora (responsável pela área da Surdez/NRE-Apucarana), a Intérprete Denize Regina Alberto dos Santos e do aluno surdo Carlos Eduardo Galvão Martins.
Eles foram convidados para participar das discussões referentes ao Módulo 10 – Teorias da Comunicação, que em sua primeira unidade traz o assunto da “Comunicação Interpessoal”, ou seja, a troca de informações entre duas ou mais pessoas. Mas, como pessoas que falam diferentes idiomas ou pessoas que não falam (surdas) podem se comunicar?
Foto: Afife Fontanini
Profª Neide, Intéprete Denize e o aluno surdo Carlos Eduardo
Usamos diversas linguagens para nos comunicar (a língua, a fala, a mímica, os gestos, as expressões, a escrita, além de computadores, telefone, rádio etc), através da linguagem estruturamos nosso pensamento, traduzimos o que sentimos, registramos o que conhecemos e nos comunicamos com outros homens.
Segundo Luria (1986), o desenvolvimento do pensamento e da linguagem, inclui o conjunto de interação entre a criança e o meio.
Para Vigotsky, é pela linguagem que ocorre a informação e a transmissão de cultura.
· A mediação semiótica tem início nos processos interpessoais presentes na organização social, sendo a linguagem a ferramenta mediadora que interage a estrutura dos processos cognitivos;
· A linguagem permite formação dos processos mentais;
· Do ponto de vista orgânico, a surdez é um defeito menor que a cegueira. Biologicamente, o cego perde para o surdo;
· Nas relações sociais, o cego supera o surdo, pois a surdez altera as relações sociais, provoca a mudez prévia da linguagem, isola o homem e o tira do contato social.
A linguagem e o meio são elementos fundamentais para a comunicação.
Foto: Afife Fontanini
O aluno surdo Carlos Eduardo contando para a turma a história da sua vida
Para os sujeitos deficientes auditivos e surdos, a linguagem é uma ferramenta importantíssima para o seu desenvolvimento cognitivo. A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) permite aos surdos adquirir conhecimentos sobre o mundo e estabelecer vínculos sociais e pessoais.
Toda criança surda, qualquer que seja o nível da sua perda auditiva, deve ter o direito de crescer bilíngue para um completo desenvolvimento das suas capacidades cognitivas, lingüísticas e sociais.
As legislações que oficializam a LIBRAS são:
· Lei Federal nº 10.436 de 24/04/2002;
· Lei Estadual nº 12.095/98;
· Decreto Lei nº 5.626 de 22/12/2005:
Art. 2º - Considera a pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais.
Parágrafo único:Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total de quarenta e um decibéis (db) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500 HZ, 1000 HZ, 2000 HZ e 3000 HZ.
Foto: Afife Fontanini
Foi um prazer interagir com pessoas tão especiais e queridas!!!
Da Redação
Andreia Mantovani
Multimeios Didáticos